Dave Gurney não era mais o mesmo. Ele se tornara ranzinza desde sua última investigação, em que quase morrera com um tiro na cabeça. Sentia dores de cabeça, tinha dormência em uma parte da mão e dores ocasionais, muito fortes, na lateral do corpo. Estava aposentado havia algum tempo, mas não parara de trabalhar em investigações.
De início, ele recebe uma ligação de Connie Clarke, uma repórter conhecida de Gurney que fez um trabalho sobre o investigador quando ele ainda estava na ativa. Connie queria sua ajuda. Sua filha, Kim, estava fazendo uma pesquisa para seu mestrado em jornalismo e começava a ter problemas, segundo ela, com seu ex-namorado. Por isso ela procuraria por Dave no dia seguinte. Ela precisava dele para investigar e ajudá-la no trabalho, já que ele tinha experiência com crimes.
O trabalho da jovem se tratava de pesquisar sobre as pessoas próximas de vítimas de assassinatos não solucionados, tendo escolhido como base para sua tese um crime que completava 10 anos, denominado “O Bom Pastor”, em que o assassino matava pessoas com o pretexto de que elas mereciam, pois, ao matá-las, deixava alguma representação da bíblia. Em uma carta aberta à população, ele disse, entre outras coisas:
Essa enorme injustiça é impelida pela ganância dos poderosos e pelo poder dos gananciosos. Mais ainda: o controle exercido por essa classe vil e voraz sobre a mídia – o principal motor de influência da sociedade – é praticamente absoluto. Os canais de comunicação (que em mãos livres poderiam ser agentes de mudança) são possuídos, dirigidos e infectados por megacorporações e indivíduos bilionários cujos interesses são motivados pela qualidade virulenta da ganância. Essa é a condição crítica que nos obriga a nossa conclusão inevitável, a nossa decisão clara e a nossas ações diretas.
Analisando o crime de 10 anos, Gurney começa a perceber diversas falhas nas investigações, que teve e continuava tendo muitas brigas de ego, entendendo que o rumo do inquérito havia sido manipulado pelo assassino, e as autoridades não perceberam, bem como não duvidaram em momento algum daquilo que concluíam.
Junto com isso, Kim Clarke começa a perceber que, na verdade, a emissora de TV que a ajudava queria apenas o ibope que seu trabalho traria, não importando a veracidade dos fatos. Então, ambos começam a lutar, separadamente, contra o sistema em que estavam inseridos.
Não Brinque Com Fogo é um livro bom e ponto. Não passa muito disso. Achei a personagem principal, Dave Gurney, muito bom, bem como a maioria dos personagens, mas a história é meio exagerada em todos os pontos, desde o seu início. em alguns momentos também achei que o autor enrolou demais para apresentar novidades na história, o que deixou a leitura para mim um pouco entediante.
John Verdon criou uma história bastante interessante, mas se empolgou um pouco em alguns trechos, deixando a história inverossímil em alguns momentos. Para quem gosta de livros de ação com fatos improváveis, esse é um ótimo livro. Eu não sou muito fã disso.
Ficha Técnica:
Autor: John Verdon
Nome original: Let the Devil Sleep
Ano de publicação: 2012

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