Oi, Angela Aline Souza Lemos,
Minha parceira de blog, apesar de nunca mais termos escrito nada aqui.
Minha parceira na vida.
Eu estava analisando nossas postagens nesse blog e sentindo uma baita saudade daquele tempo em que nos empolgávamos simplesmente por escrever, muitas vezes um para o outro, muitas vezes para ninguém.
A gente foi deixando as coisas que nos davam tanto prazer ficarem para trás, esquecendo o quanto sempre foi importante para nós a leitura de livros e a escrita. Como podemos deixar isso acontecer?
Um dia eu disse para dois amigos uma coisa que quero reproduzir aqui, e lembrando disso, percebo que quase deixamos a peteca cair. Não estou falando do nosso amor, ou da nossa amizade, pois estes estão mais fortes do que nunca. Estou falando da nossa plenitude.
Eu me sentia tão feliz de compartilhar algo como esse blog contigo. Registrar nossas leituras, boas ou ruins, era muito legal. Pedir pra tu analisar meus textos para ver se eu poderia mudar alguma coisa, ou ler os teus pra poder dizer que estavam sensacionais (quase sempre).
A gente foi deixando passar alguns detalhes que fizeram nós sermos tão amigos como somos hoje. A vida engole as pessoas e as deixam totalmente prisioneiras. Então eu me pergunto: não era a vida para ser boa? Era. Eu era feliz? Ah, como eu era. Mas por que a gente deixou tudo isso passar? Por que abandonamos nossas vontades e nossos sonhos com tanta facilidade? Dormir é mais fácil, sentar na frente de um computador e jogar também, pois não exige exercício mental.
Mesmo sabendo que não foi uma decisão nossa essa quase fuga do campo intelectual, isso aconteceu, e honestamente me sinto mal por isso. Muita coisa aconteceu desde aqueles dias em que sentávamos na cama com o computador no colo (era um para os dois na época) e escrevíamos. Não estou pedindo para voltar isso, mas estou pedindo para lutarmos pela felicidade.
E a felicidade eu encontrava escrevendo contigo, para ti e por ti.
Te amo.